Dia Nacional de Combate à Hipertensão: cardiologista de Blumenau (SC) explica o que é e como prevenir a doença

Dia Nacional de Combate à Hipertensão: cardiologista de Blumenau (SC) explica o que é e como prevenir a doença

Abril 27, 2021 Não Por Redação

 

 

Especialista na área Siegmar Starke destaca que hábitos saudáveis cultivados por toda a vida são a melhor prevenção á doença, que atinge 35% da população brasileira 

 

A hipertensão é uma doença silenciosa, que atinge cerca de 35% da população brasileira segundo o Ministério da Saúde, e que pode gerar graves complicações. Entre elas: infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (conhecido como derrame), doenças renais ou arteriais. Para chamar a atenção para a gravidade desse quadro, o Governo Federal institui em 2002, o dia 26 de abril como Dia Nacional de Combate à Hipertensão. Durante toda a semana, o assunto será tratado por especialistas de todo o Brasil.

De acordo com o cardiologista Siegmar Starke, a data é grande lembrete nacional para a importância de tratar do tema. “A hipertensão é uma condição grave, que precisa ser diagnosticada de forma precoce e acompanhada constantemente. Dessa forma, é possível que o paciente tenha uma rotina comum e consiga prevenir muitos desdobramentos que ela poderia vir a causar”, afirma. Starke atua como cardiologista há mais de trinta anos e é um dos diretores da Cardioprime. Também leciona no curso de Medicina da Universidade Regional de Blumenau (Furb).

Em resumo, a pressão arterial é a força com a qual o sangue é bombeado do coração no organismo, para que a circulação aconteça. Na hipertensão, a pressão arterial está permanentemente elevada. Nestes casos, há uma lesão em órgãos como cérebro, rins e coração, levando a obstrução com o consequente infarto ou derrame.

Além de causas genéticas, a hipertensão também é um reflexo muito claro dos hábitos das pessoas. “A prevenção consiste em um estilo de vida que preze pela saúde: alimentação equilibrada, exercícios físicos, controle de estresse e consumo moderado de álcool”, comenta. “A saúde cardiovascular, de forma geral, é consequência desses hábitos exercidos ao longo da vida”, afirma Starke.

O cardiologista recomenda medidas regulares de pressão arterial, com qualidade e independentemente de sintomas. Caso o quadro seja confirmado, o tratamento geralmente é medicamentoso e no acompanhamento dos hábitos por toda a vida.

Pandemia pode ter agravado a situação

Um estudo divulgado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) apontou que houve aumento de 132% nas mortes por doenças cardiovasculares nos primeiros meses de pandemia em algumas capitais. No Portal da Transparência, é possível constatar que as mortes por causas cardiovasculares inespecíficas cresceram 30% de 2019 para 2020.

De acordo com Starke, o que causa esse aumento é um estado de estresse crônico, ocasionado pela própria pandemia e seus desdobramentos sociais. Outros três comportamentos podem impactar nesses números. “O primeiro é deixar de lado o acompanhamento, a prevenção. As consultas regulares com o médico e os eventuais checkups decorrentes delas são fundamentais para evitar que uma doença que pode ser tratada evolua para um quadro grave”, diz. “Outra questão importante é que os hábitos mudaram e, além da redução na realização de atividades físicas, houve um aumento no consumo de álcool como forma de amenizar o impacto emocional do isolamento. Como a hipertensão está diretamente relacionada ao nosso comportamento, essas atitudes podem refletir diretamente no quadro de saúde”, acrescenta.

Por fim, Starke destaca que muitas pessoas, ao sentirem os sintomas de um infarto, por exemplo, postergaram a ida ao pronto-atendimento por medo de contaminação. “Nós sempre reforçamos que tempo de espera para um procedimento na hemodinâmica é tempo de músculo. Quanto maior a demora para chegar a uma desobstrução, por exemplo, maior a chance de um quadro irreversível”, finaliza. De acordo com o Portal da Transparência, as mortes por causas cardiovasculares inespecíficas em casa cresceram 75%.

Sobre a Cardioprime

Fundada em 1992, a Cardioprime é um dos centros mais avançados em atendimento cardiológico do Sul do Brasil. São 18 médicos especialistas em várias frentes da cardiologista e uma estrutura com equipamentos de ponta para diagnóstico, tratamento e prevenção.

Responsável pelo Pronto Atendimento do Coração do Hospital Santa Catarina, onde também está localizada a clínica e o Centro de Hemodinâmica, a Cardioprime tem nível de Acreditação Plena pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), entidade que audita serviços em saúde.

Todas as informações estão disponíveis no site www.cardioprime.med.br

 


Marina Melz