Quando a pele fala: como cuidar de cães e gatos no frio

Quando a pele fala: como cuidar de cães e gatos no frio

Junho 25, 2025 0 Por Redação

 

 

Problemas dermatológicos aumentam no outono e no inverno e exigem atenção especial dos tutores

As temperaturas caem, os cobertores saem do armário, mas com o frio também aparecem alguns sinais silenciosos de incômodo nos pets. Coceiras mais frequentes, feridinhas no focinho ou no dorso e até falhas no pelo. Esses sintomas, comuns no outono e no inverno, muitas vezes indicam problemas de pele em cães e gatos – e costumam passar despercebidos nos primeiros dias.

A mudança no clima afeta tanto os animais quanto os humanos. A pele resseca, o ar seco intensifica alergias e a umidade reduzida facilita a proliferação de fungos e bactérias. Em muitos casos, a coceira constante vira ferida. E, sem o tratamento adequado, o desconforto vira infecção.

Quando o alerta deve acender

É comum o pet se coçar ou lamber as patas, mas, se esse comportamento vira rotina, vale observar com mais cuidado. Regiões como orelhas, pescoço, barriga e base do rabo costumam ser os primeiros alvos. Vermelhidão, casquinhas e perda de pelo também indicam que algo não vai bem.

Em gatos, esses sinais podem surgir de forma mais discreta. Eles tendem a esconder o incômodo e a lamber tanto o local afetado que o problema só fica visível quando já está mais avançado.

Esses sintomas podem ter várias causas: reações alérgicas, presença de parasitas, infecções por fungos ou até o agravamento de doenças crônicas de pele. Por isso, o diagnóstico deve partir sempre de um veterinário.

Frio e pele: uma combinação delicada

No outono e no inverno, os ambientes ficam mais fechados. Tapetes, mantas e cobertores viram refúgio térmico – e também acumulam poeira, ácaros e outros alérgenos. Ao mesmo tempo, o uso de aquecedores reduz a umidade do ar, o que resseca a pele dos animais e prejudica a barreira natural de proteção.

Outro ponto pouco lembrado é a presença das pulgas. Mesmo nos meses frios, elas continuam agindo. Em pets alérgicos à saliva do parasita, uma simples picada pode causar inflamação, coceira intensa e feridas que só pioram sem o tratamento certo.

Tratamentos e soluções dermatológicas

Se os sintomas aparecem de forma leve, medidas como banho com produtos adequados, escovação frequente e higienização do ambiente costumam ajudar. Mas, quando há sinais persistentes ou agravamento do quadro, o tratamento precisa ser mais específico.

Em alguns casos, os veterinários indicam o uso de produtos formulados para aliviar sintomas como inflamação, descamação e infecção local. Soluções como o Dermotrat, por exemplo, são recomendadas em situações mais específicas e podem ajudar a acelerar a recuperação, sempre com orientação profissional.

Cuidados simples fazem diferença

Observar a rotina do animal, manter a higiene da casa e consultar o veterinário ao primeiro sinal de problema são atitudes que evitam complicações. Trocar a coberta do pet com frequência, manter o espaço ventilado e investir em alimentação equilibrada também reforçam a saúde da pele.

Embora o frio traga charme e aconchego, ele exige atenção redobrada com os animais de estimação. Ao notar qualquer alteração na pele ou no comportamento do seu cão ou gato, não hesite em procurar ajuda. O cuidado começa na observação e se fortalece com informação de qualidade.

Laura Paulino