Vereador não é Profissão: Ex-Vice-Prefeito de Timbó critica tentativa de transformar mandato em carreira

Vereador não é Profissão: Ex-Vice-Prefeito de Timbó critica tentativa de transformar mandato em carreira

Maio 15, 2025 0 Por Redação

 

Em artigo opinativo, Marcelo Luiz Ferrari, ex-vereador e ex-vice-prefeito de Timbó (SC), afirma que a política deve ser tratada como missão temporária e não como meio de sustento.

Afinal, vereador é profissão ou missão? Para Marcelo Luiz Ferrari, ex-vereador e ex-vice-prefeito de Timbó (SC), não há dúvidas: tratar o cargo político como carreira é um erro grave que deturpa o papel da representação pública. Em artigo enviado ao site, ele compartilha sua visão crítica sobre o tema e defende que a função no Legislativo municipal deve ser encarada como serviço temporário — e não como forma de sustento permanente.


Representação Pública não é Emprego

Marcelo Luiz Ferrari afirma que ser vereador é um encargo passageiro. “Quem assume esse compromisso deve estar disposto a servir a comunidade, não a buscar estabilidade financeira”, diz. Segundo ele, a tentativa de tratar o mandato como profissão revela uma distorção de valores que compromete a essência da política.


Subsídio Não é Salário: Entenda a Diferença

Ferrari também destaca a confusão comum entre subsídio e salário. “É incorreto chamar de salário. O subsídio é uma retribuição única, paga com recursos públicos e não pode ser complementada com gratificações”, explica.
Essa remuneração, segundo ele, serve apenas para cobrir custos como deslocamentos, alimentação e vestuário, permitindo que o vereador exerça o mandato sem onerar seu próprio orçamento.


Constituição permite vereadores com outras atividades

Com base no artigo 38 da Constituição Federal, o ex-vice-prefeito lembra que a lei permite que vereadores mantenham outras atividades profissionais durante o mandato — o que reforça a ideia de que a função não deve ser exclusiva nem tratada como carreira profissional.


Um Alerta: A Política não deve ser fonte de sustento

“Ao tentar transformar o mandato em meio de vida, o político se afasta da sua função principal: representar a população com independência e consciência pública”, afirma Ferrari.
Ele também ressalta que há muitos cidadãos dispostos a exercer o cargo sem depender financeiramente dele. “É só ver a quantidade de candidatos que se inscrevem a cada eleição”, completa.

Marcelo Luiz Ferrari

E você, concorda com essa visão?
O cargo de vereador deve ser profissão ou serviço temporário à comunidade?


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